Odontologia - 19.10.2016
Sinais que o corpo dá quando o consumo de proteína é baixo
Você consome proteínas de forma suficiente? O componente, encontrado em alimentos de origem vegetal e animal, é essencial para o bom funcionamento do nosso corpo. Ele também ajuda a perder peso, ganhar massa magra e até afasta o desejo por alimentos calóricos. Por outro lado, sua falta pode causar inúmeros problemas como fadiga, queda de cabelo e até baixa imunidade.
“O mais comum é que as pessoas consumam proteínas em excesso. Mas as dietas muito baixas em calorias ou mal equilibradas podem levar a um déficit proteico”, diz Aisling Pigott, porta-voz da Associação de Nutricionistas do Reino Unido.
Nossos músculos, cartilagens, ligamentos, pele, cabelo e unhas são compostos basicamente de proteína, que, por sua vez, é constituída a partir de cadeias de aminoácidos. Entre as proteínas mais famosas do nosso corpo estão, por exemplo, a hemoglobina, os anticorpos, certos hormônios (como a insulina) e as enzimas. Tudo isso faz com que essas cadeias de aminoácidos (blocos que formam as proteínas) sejam vitais não apenas para o aporte de energia, mas também para a reparação de tecidos, a oxigenação do corpo e o sistema imunológico.
Cada fonte de proteína – do peixe ao amendoim – contém “tipos diferentes” de aminoácidos. Dos 20 diferentes aminoácidos existentes, nove são essenciais para nosso organismo e só podem ser obtidos por meio de alimentos. No que diz respeito às proteínas de origem animal (carnes, ovos, laticínios), quase todas podem ser consideradas boas, pois são constituídas por todos ou a maioria destes aminoácidos.
Para vegetarianos ou veganos, boas opções de proteínas de origem vegetal com aminoácidos essenciais são leguminosas (feijões, lentilha, ervilha), oleaginosas (amendoim, castanhas, amêndoas), folhas verdes (couve e espinafre) e outros grãos como quinoa e soja.
Confira abaixo cinco sinais de alerta emitidos pelo corpo caso haja deficiência de proteína:
Fadiga
Segundo a rede britânica BBC, a fadiga excessiva ou crônica é o primeiro sinal de falta de proteína. Como a deficiência desse composto é derivada diretamente de uma dieta pobre em calorias, o organismo não dispõe de energia suficiente para cumprir tarefas rotineiras. "Há um mínimo necessário de proteínas que devemos consumir todos os dias para o corpo funcionar corretamente", diz a nutricionista Elizabeth González, porta-voz da Associação de Nutricionistas de Madri, na Espanha.
A ingestão diária recomendada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), ou seja, o consumo mínimo indicado para uma pessoa se manter saudável, é de 0,8 gramas de proteína por quilo de peso. Para uma pessoa de 60 kg, a quantidade de proteínas recomendada por dia é 48 gramas. "Mas dependendo da atividade física da pessoa ou se ela está em fase de crescimento, a quantidade necessária de proteína pode ser maior", ressalta Aisling. Segundo um estudo publicado recentemente, a duplicação dessa quantidade recomendada diariamente fornece o que os nutricionistas chamam de “nível proteico ideal” e consiste em consumir de 15% a 25% do total de calorias diárias a partir de fontes de proteínas. Na prática, isso corresponde ao consumo total de 90 g a 105 g de proteína por dia que podem ser divididos da seguinte forma: de 20 g a 30 g de proteína por refeição e de 12 g a 15 g por lanche.
Fraqueza de cabelo e pele
O cabelo – e os folículos que os sustentam – são feitos de proteína, por isso, elas são responsáveis por mantê-lo saudável e em crescimento. Sendo assim, quando há falta dessas moléculas o cabelo enfraquece. Essa é uma das razões pelas quais os cabelos de pessoas que fazem dietas com baixo teor proteico tendem a crescer mais lentamente. E, em casos extremos, pode ocorrer queda dos fios. As unhas e a pele também dependem das proteínas para se regenerar. A pele é composta por três tipos de proteínas: colágeno, elastina e queratina. "Níveis baixos dessas proteínas causam rugas e deixam a pele mais fina", explica em seu site a Clínica Cleveland, nos Estados Unidos.
Perda de massa muscular
Um terceiro sintoma da insuficiência de proteína é a redução da massa muscular, dificultando a realização de atividades físicas. Em um nível muito avançado, esses distúrbios musculares podem causar câimbras irritantes. "Esse tipo de proteína que também comemos parece desempenhar um papel central em evitar a perda muscular", diz a nutricionista Jennifer K. Nelson. Isto é muito importante, por exemplo, para pessoas idosas, que tendem a perder massa muscular com o avanço da idade. As proteínas presentes nos alimentos são formadas por vários tipos de aminoácidos. Estudos mostram que a leucina, encontrada principalmente em alimentos de origem animal, como carne bovina, cordeiro, carne de porco, frango, peixe, ovos ou laticínios e, em menor quantidade em alimentos vegetais como soja, nozes e sementes, preserva a massa muscular.
Doenças frequentes
Uma das principais funções das proteínas é apoiar o sistema imunológico. Sendo assim, uma dieta pobre em proteínas nos deixa mais expostos a infecções e resfriados. Portanto, o quarto alerta sobre a falta de proteínas é a frequência com que ficamos doentes. "É impossível para o sistema imunológico funcionar sem proteínas. Até porque os anticorpos são estruturas formadas por proteínas", explica Elizabeth.
Gases e prisão de ventre
Finalmente, a falta de proteínas também está associada a problemas digestivos, como gases e constipação. Os aminoácidos presentes nas proteínas são fundamentais para uma boa digestão. Portanto, seus níveis em nosso corpo são diretamente proporcionais à ingestão de proteínas.
Fonte: Veja