Odontologia - 03.01.2018
Estudo mostra que fator emocional ajuda na manifestação do herpes labial
O professor Vinicius Pedrazzi, do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da Universidade de São Paulo (USP), fala sobre essa infecção virótica.
As pessoas podem ter herpes em qualquer momento da vida. É comum que as lesões aconteçam na mucosa labial e na região de transição entre o lábio e a pele do lábio. Entretanto, o professor conta que podem aparecer na base do nariz e próximo aos olhos, o aparecimento depende do sistema imunológico e da exposição. O herpes labial pode ser confundido com alergia da luva de borracha nos atendimentos odontológicos, por exemplo, e até com ulcerações aftosas.
O vírus se propaga pelo sistema nervoso, conta, e muitos pacientes relatam que sentem sinais antes das lesões aparecerem. Como, por exemplo, coceira e ardência no lábio e sensibilidade, como se estivesse anestesiado. Além disso, o herpes pode ser transmitido, principalmente, quando apresenta vesícula, porque a parte genética do vírus está com a função de alastrar a lesão. O contágio pode acontecer pelo beijo e até na divisão de talheres.
Pedrazzi ressalta que a infecção está diretamente relacionada a fatores emocionais como estresse, frustração, depressão e ansiedade, por exemplo. Outras condições são mulheres em período pré-menstrual, queda de resistência, consumo de álcool e o sol. “O sol é muito importante para ativar algumas vitaminas, mas no período recomendável e usando protetor solar, inclusive labial”, afirma o professor.
As lesões sem tratamento podem permanecer por até 14 dias, mas ao utilizar os antivirais, seja de via oral ou pomada, cai para cinco a sete dias. Ele também afirma que depende da imunidade e do número de lesões. Além disso, o professor revela que, na USP em Ribeirão, parceria entre Forp e Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) já tem estudos que podem levar à redução desse tempo.
Fonte: Jornal da USP